terça-feira, 19 de maio de 2009

SESSÃO TEMÁTICA - 13 DE MARÇO 2009

No passado dia 13 de Março o sub-grupo, da JM, AIRODEBAS aceitou o desafio “ABORDAGEM DE HISTÓRIAS SOBRE PESSOAS, QUE DESCOBRIRAM DEUS”, dando assim continuidade ao 1 tema “A DESCOBERTA”.

Após a oração inicial, propuseram-nos uma pequena dinâmica: no 3º piso do Centro Paroquial teríamos de ir “À procura”.

“Do quê?” – perguntávamos nós e eles simplesmente diziam “Vão à procura…” e lá fomos nós… Procurámos, procurámos e encontrámos duas cartolinas amarelas: uma dizia “À PROCURA…” e a outra “DE DEUS!”. Tendo como mote esta breve dinâmica fomos divididos em grupos de 5/6 jovens para analisarmos testemunhos de pessoas que tinham descoberto a Deus. Após esta análise também nós teríamos de partilhar a nossa descoberta de Deus.
Deixo-vos algumas passagens desses textos:

“(…)Também eu caí do cavalo em Damasco. Não foi apenas S. Paulo. Os meus pais são católicos, apesar de uma boa parte da família não o ser. Cresci a ouvir falar de Deus, a rezar, a ir à missa todos os domingos, a ir a Fátima todos os anos. Gostava. Não digo que não. Mas, após a 1ª Comunhão resolvi voltar as costas. Acreditava em Cristo, mas estava zangada com a Igreja. Aliás, durante muitos anos falei muito mal da Igreja. E porquê? Porque o meu pai só era católico na Igreja de pedra. Basta um exemplo, misturado com muita ignorância e com uma mágoa muito grande para deixarmos de nos sentir Igreja... Mas, continuava a sentir que Cristo me chamava. O exemplo de Jesus continuava bem dentro de mim. (…) Tentei ter a minha própria fé, tentei escolher uma maneira muito personalizada de Fé e de Amor por Deus (a mania de que sabemos tudo), andei pela IURD e fui quase Testemunha de Jeová. (…) Cansei-me. (…) Mas, Cristo quando chama, chama. E, apesar da recepção com muitos defeitos (comparativamente a outras religiões), acabei por ser convidada para um grupo de jovens. Ao início aceitei apenas para ter mais amigos e para … arranjar namorado! Como Cristo teve paciência comigo! Não arranjei namorado, mas fiz amigos e o melhor de todos: Jesus Cristo. E conheci uma Mãe que está sempre connosco: Maria, Nossa Senhora. E descobri a Igreja, não apenas como pedra, mas como comunidade. A Igreja cheia de defeitos, mas que é a Igreja fundada por Cristo. Espero que não cometam os mesmos erros que eu, ou seja: seguir apenas uma ovelha tresmalhada para voltar as costas à Igreja; ver os erros e não fazer nada para os resolver; criticar, criticar e sem conhecimentos. Gostaria que pensassem nisto: não são apenas as pessoas que não estão na Igreja que caem do cavalo. Somos todos nós. Será que já tivémos a nossa queda? (…) Quando digo que isto ou aquilo está mal na Igreja, o que faço para resolver? Quando digo que um irmão fez isto ou aquilo, o que faço para ele reencontrar Cristo? O que faço para evitar que ele cometa essa asneira? Sou realmente o Rosto de Cristo em casa, na escola, na Igreja, etc? Vejo realmente o Rosto de Cristo nos outros? Será que estou a dar mais importância aos pormenores dos rituais do que ao amor que reveste o ritual? Enfim, pensem nisto. Eu vou fazer o mesmo. Mas, seja qual for a resposta a estas questões, não se esqueçam que Jesus ama-nos muito, mas muito mesmo. “

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A HISTÓRIA DE DEUS NA MINHA VIDA

“A história de Deus na minha vida começou como na maior parte dos casos: os meus pais baptizaram-me, entrei na catequese, 1ª Comunhão, Profissão de Fé, o caminho habitual que quase todos fazemos. Aos 9 anos, entrei num grupo de jovens do movimento de Schoenstatt através de um jogo de futebol (Deus cativa cada um à sua maneira). Começaram então a surgir as dúvidas (juntamente com a adolescência). (…) Custava-me ver os meus amigos afastarem-se, pessoas que via na escola e na catequese e passei a ver só no primeiro sítio, e não percebia porquê. Não lhes perguntei porquê, não tentei que voltassem, antes perguntei-me a mim mesmo: Porque será que saíram? (…) Arrisquei e fui em frente, prefiro esclarecer as dúvidas do que não as encarar como tal, e então aprendi a rezá-las, aprendi a confiá-las a Deus, a perguntar (claro) a quem me sabia responder, a quem me sabia ajudar a crescer. Por esta altura devia ter aí uns 17 anos, tinha aprendido a tocar e a cantar, tinha aprendido quais as músicas que me juntavam mais a Deus, em que Ele me falava mais directamente, e comecei a utilizá-las como instrumento para a oração (quer em casa quer na missa). (…) Com os meus 18 anos preparei-me e fiz o Crisma com o grupo de jovens da minha paróquia. Não aconteceu nada de especial, não veio uma luz do céu ou no dia seguinte saí para a rua a dizer que Jesus era o maior. A mudança foi interior. Ao longo desse ano, após receber o Crisma, tomei decisões importantes, percebi que anunciamos Jesus essencialmente pelo nosso testemunho. A nossa vida, quando vivida de mão dada com Jesus, toca muitas pessoas e essa é, para mim, a melhor maneira de O anunciar. (…) Tenho 21 anos neste momento. Sinto que, por muito que cresçamos no caminho com Deus, este caminho não tem fim. (…) O objectivo deste crescimento é ser simples, é tratar Deus por Tu e falar com Ele como se fosse o nosso melhor amigo, visto que ninguém nos compreende melhor que Ele.”

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SIM PAI, QUERO CAMINHAR AO TEU LADO!

“Se pudesse resumir a história da minha vida diria que esta pode estar dividida em duas partes. A transição de uma parte para a outra devesse a um momento, um momento único e especial que mudou para sempre a história da minha vida. Tudo pelo que passei e tudo aquilo que sou devesse a esse momento. Hoje dia 5 de Março de 2009 é apenas mais um dia da minha caminhada de aprendizagem e crescimento. Agora quando olho para trás e vejo tudo aquilo que era e tudo aquilo que tinha, posso dizer que nada disso faz mais sentido e nada disso ocupa valor algum. A minha vida só ganhou realmente sentido e só comecei verdadeiramente a viver a partir do momento em que fiz uma escolha. Bastou apenas um sim da minha parte para a minha história enquanto indivíduo mudar para sempre. Tudo que está parece agora tão distante. E foi apenas há três anos… (…) Não é preciso fazer nada para poder desfrutar e conhecer este Deus(…). Basta dar-lhe uma oportunidade para mudar a nossa vida e dizer “sim”. Deixar que Ele nos guie, e que cultivemos o nosso relacionamento com Ele dia após dia. Assim, vamos ver as grandes mudanças que queríamos na nossa vida, à medida que deixamos que Ele nos molde assim como o oleiro molda o barro. Na Bíblia diz que a partir do momento em que conhecemos Deus e o aceitamos, vamos passar a eternidade do seu lado. Eu sei que a minha eternidade começou no dia em que lhe disse: “Sim Pai, quero caminhar ao teu lado!”

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Cresci no seio de uma família católica pelo que sempre me foram incutidos os valores cristãos. Ia à missa todos os Domingos e frequentei a catequese até ao 4º volume (cresci numa aldeia onde só havia catequese até ao 4º volume). No entanto, a minha crença ou fé religiosa sempre foi “apenas” isso: cumprir com os costumes e tradições que me foram incutidos. Entretanto casei e tive filhos aos quais passei os mesmos valores. Sempre foi assim que vivi a minha fé até aos 40 anos. A minha vida nunca foi muito fácil pois tinha muitos problemas financeiros, às vezes nem dinheiro para comprar comida para os meus filhos tinha, e para juntar a tudo não era feliz na relação com o meu marido. (…) a única saída que via era o suicídio. E aos 40 anos tomei uma dose de comprimidos (…) Depois de sair do hospital estava ainda mais desesperada, os meus filhos numa tristeza total, o meu marido sem saber como reagir e eu continuava a querer morrer. Fiquei ainda mais revoltada com Deus por não me ter deixado morrer, e revoltei-me contra Ele e disse-Lhe que me ia matar e não ia ser Ele a impedir. Um dia sai do trabalho em direcção à ponte quando uma brisa de vento fez com que um papel bate-se no meu peito. Eu agarrei esse papel e na capa tinha uma imagem da Nossa Senhora e uma frase que dizia “Quer encontrar a paz interior?”. Bem! Só de olhar para aquela imagem, naquele momento, naquele lugar, senti logo uma paz que não sei descrever, e em vez de ir em direcção à ponte parei numa igreja e ajoelhei-me e chorei, chorei como nunca tinha chorado na minha vida. Aquele folheto apenas falava na importância de rezar o terço e o quão bom era (…) Tornei-me uma pessoa com mais força, mais alegre, capaz de enfrentar os desafios da vida porque sei que Deus está comigo. Ele nunca me abandona, Ele escuta-me e eu sei disso. Eu sei que Ele me ouve. É algo de especial o que existe entre mim e Ele. “


Após esta análise, em grupo, seguiu-se a partilha aos restantes grupos. Juntos concluímos que mesmo em todas as adversidades Ele, está sempre connosco e nos dá sempre a mão. Às vezes não O queremos ver, mas Ele está lá… SEMPRE…

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