quinta-feira, 22 de fevereiro de 2007

O Peixe e o Mar - Nós e Deus

Nuno Tovar de Lemos conta-nos uma história, no seu livro O Príncipe e a Lavadeira, que gostaria de partilhar convosco.

"Uma vez pediram a um peixe para falar do mar.
- Fala-nos do mar - disseram-lhe.
- Dizem que é muito grande o mar, respondeu o peixe. Dizem que sem ele morreríamos. Não sou o peixe mais indicado para vos falar do mar. Eu, do mar, o que conheço bem são só estes dez metros à superfície. É só deles que vos posso falar. É aqui que passo o meu tempo, quase sempre distraído. Ando de um lado para o outro, à procura de comida ou simplesmente às voltas com o meu cardume. No meu cardume não se fala do mar. Fala-se das algas, das rochas, das marés, dos peixes grandes e perigosos, dos peixes pequenos e saborosos e de que temperatura fará amanhã. O meu cardume é assim: eles vão e eu vou atrás deles.
- Mas tu, que és peixe, nunca sentiste o mar?
- Creio que o sinto, às vezes, ao passar-me nas guelras. Umas vezes sinto-o, outras não. Às vezes sinto-o, quando não me distraio com outras coisas. Fecho os olhos e fico a sentir o mar. Isto tudo de noite, claro, para que os outros não vejam. Diriam que sou louco por dar tempo ao mar.
- Conheces o mar, portante. Podes falar-nos do mar?
- Sei que é grande e profundo, mas não vos quero enganar. Sei de peixes que já desceram ao fundo do mar. Quando os ouvi falar percebi que não conheço o mar. Perguntem-lhes a eles, que vos saberão falar do mar. Eu nunca desci muito fundo. Bem, talvez uma ou duas vezes... Um dia as ondas eram tão fortes que eu tive de me deixar levar muito fundo, para não morrer. Nunca lá tinha estado e nunca esquecerei que lá estive. Apenas vos sei falar bem da superfície do mar...
- Foi mau, quando desceste? Por que voltaste à superfície?
- Não foi mau. Foi muito bom. Havia muita paz, muito silêncio. Era como se fosse lá a minha casa, como se ali eu estivesse inteiro.
- Por que não voltaste lá ao fundo?Por preguiça?
- Às vezes acho que é preguiça, outras vezes acho que é medo.
- Medo? Mas tu não disseste que era bom? Medo de quê?
- Medo do desconhecido, medo de me perder. Aqui à superfície já estou habituado. Adquiri um certo estatuto para mim mesmo. Controlo as coisas ou, pelo menos, tenho a sensação de as controlar. Lá em baixo não sei bem o que me pode acontecer. Estou todo nas mãos do mar.
- Tiveste medo, quando chegaste ao fundo do mar?
- Não tive medo algum. Era tudo muito simples... E no entanto agora tenho medo... Mas eu não cheguei ao fundo do mar! Apenas estive menos à superfície.
- E que dizem os outros, os que lá estiveram?
- Dizem coisas que eu não entendo. Dizem que é preciso ir para perceber. E dizem que nada há de mais importante na vida de um peixe.
- E explicaram como se vai?
- Aí é que está. Explicam que não se chega lá por esforço, que só podemos fazer esforço em deixar-nos ir. Que é só o mar que nos leva ao mar.
Então veio uma corrente mais forte que o fazia descer. O peixe tentou lutar contra ela com quantas forças tinha, à medida que vida distanciarem-se as coisas da superfície. Talvez para sempre... Mas depois fechou os olhos, confiou e já sem medo deixou-se ir."

Quando li esta história, parei para pensar o quão real, o quão verdadeira é esta alegoria. Com grande simplicidade, Nuno Tovar de Melo faz-nos reflectir sobre a nossa condição, semelhante à deste peixe: satisfeitos com a superfície e com medo do fundo do mar. Não seremos nós este pequeno peixe? Não teremos os mesmos receios? Por que não nos deixamos levar por uma corrente mais forte, lutando contra ela? Onde está a confiança no mar/Pai?
Deixo algumas perguntas no ar mas surgem-me muitas mais que, de certo, também vos surgirão. Talvez possamos, um dia, reflectir um pouco sobre este belo texto. Até lá, sugiro uma reflexão pessoal e, para quem tenha curiosidade, a leitura deste livro, O Príncipe e a Lavadeira, da editora Tenacitas, pelo qual me tenho vindo a apaixonar e pelo qual, certamente, vocês se apaixonarão.

Um abraço em Cristo

Marisa

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2007

Maneiras de ser Feliz...

Encontrei um poema na net que gostava de partilhar com vocês; fala sobre a felicidade e o que devemos fazer para a conseguirmos alcançar... espero que gostem :)



Acredita que a tua vida não é melhor
ou pior do que a de ninguém.
Nunca te sintas maior ou menor, mas igual...
Faz o bem sem olhar a quem
e não esperes nada em troca;
é uma maneira de encontrares a felicidade...
Procura sorrir sempre,
mesmo diante das dificuldades e
não te envergonhes das lágrimas,
diante da necessidade;
é outra maneira de ires ao encontro dela...
Sê humilde, presta favores sem recompensas
abre as mãos e oferece ajuda;
é ainda outra maneira de buscares a felicidade...
Chora e sofre, mas luta e procura vencer,
sem deixares o cansaço te derrotar,
nem o desânimo ou o preconceito te dominar;
é uma maneira de ganhares a felicidade...
Aprende a defender os teus ideais e
a amar os teus semelhantes,
a conquistar os teus amigos pelo que és
e não pelo que eles querem que tu sejas;
é mais uma maneira de abraçar a felicidade...
Sabe ganhar e sabe perder,
é uma rara conquista, mas tu consegues...
Tem fé, acredita em Deus!
Vive cada momento da tua vida
como se fosse o último.
Faz da tua vida uma conquistas de vitórias,
uma virtude e aproveita tudo
o que ela te der como oportunidade...
mesmo sofrendo, sofre amando...
pois é através do amor
que encontrarás as chaves para
abrir as portas da felicidade...



Joaninha*

segunda-feira, 19 de fevereiro de 2007

Ola a todos!

Penso que aqui deixo uma recordação das origens do início da nosso grupo JUVENTUDE MONFORTINA. A foto foi tirada nos últimos meses de 2005!

Esta é do ano passado...mas talvez fosse muito interessante tirarmos uma foto também do grupo deste ano...por isso pessoal tudo a combinar um dia para irmos todos janotas...sim aquele dia em que todos saem com a melhor roupa à rua, para ir tirar fotos :)!!!...mas acima de tudo para termos uma recordação que seja nossa!

Desejo uma boa semana para todos...até à próxima 6ªf...dia de mais uma peça de puzzle sobre o nosso amigo Montfort!! Que mistérios iremos desvendar?????!!!!

Rui Martins

domingo, 18 de fevereiro de 2007

O primeiro de muitos...

E aqui está o nosso blog, não era eu que queria fazer o primeiro post, mas alguém tinha que o fazer, e como se costuma dizer que "a primeira vez é a que custa mais..." espero que assim seja.
Sinceramente não tenho muito para dizer, apenas gostava de vos pedir, novamente, que lhe dêem uso pois acredito que possa vir a tornar-se um "local" no qual podemos colocar avisos, orações, reflexões, textos que, possivelmente, teremos que preparar para certas sessões, bem como as actas das sessões. Também podemos debater alguns temas, visto que as nossas noites de sexta-feira, infelizmente, não dão para tudo.
Sendo assim, aqui fica o dito primeiro post. Por favor não deixem este blog morrer! Passem por cá, ponham-no como "homepage", digam qualquer coisita, não custa nada...
Ah e não se esqueçam de alimentar e brincar com o Tino, a mascote baptizada pela Rute. =P (espero que todos gostem dele)

Para finalizar, finalmente, deixo aqui uma oração de São Luís Maria Grignion de Montfort:

Ó Jesus, que viveis em Maria,
vinde viver em vossos servos, no espírito de vossa santidade;
na plenitude de vossa força,
na perfeição de vossos caminhos,
na verdade de vossas virtudes,
na comunhão de vossos mistérios,
dominais sobre todo o poder inimigo,
em vosso Espírito e para a glória do Pai.

Ámen.


Nuno