quinta-feira, 30 de abril de 2009
VIGÍLIA MONFORTINA - 28 DE ABRIL 2009
A Sua Presença é uma Presença de Amor e de Graça. De um amor abrasador, que preenche, colmata, e gera paz e felicidade.
Blain: (personagem interpretada pelo Hélio) Grignion de Montfort quais são os teus planos para o futuro ? Por acaso pensas que alguém está disposto a seguir os teus passos, a ter uma vida como a tua?
Montfort: (personagem interpretada pelo Luís Gonçalves)Tens alguma coisa a dizer sobre o estilo da vida de Jesus? Consegues encontrar aqui, neste livro que testemunha a Vida de Jesus e dos Apóstolos, alguma coisa que eu não viva e não pratique? Na pobreza, no abandono à Divina Providência, na mortificação em que vivo, eu apenas quero ser um indigno imitador de Jesus Cristo e dos Apóstolos pobres.
Blain: Falas de Jesus Cristo, mas sabes, como ninguém, que os tempos não estão fáceis para a fé.
Montfort: Não te esqueças que a maneira de O procurar não é igual para todos. Cada um tem o seu caminho para ir até Deus.
Blain: Mas como ensinar às pessoas, hoje, onde está Deus e como encontrá-Lo?
Montfort: Vou revelar-te um segredo, quase é uma confissão. Deus favoreceu-me, a mim, pobre e humilde pecador, com uma graça muito particular que é a presença contínua de Jesus e Maria no íntimo da minha alma. Sinto-Os presentes em mim. Não há nenhum instante, nem nenhum lugar em que eu não participe da intensa comunhão com Jesus e Maria.
Por inspiração de Deus e ardor no coração, São Luís de Montfort tem uma visão. No horizonte da sua contemplação, surge um monte, a erguer-se na planície. Recorda o Monte do Calvário, nos arredores de Jerusalém, onde Jesus celebrou com a dádiva da própria vida a aliança amorosa com a humanidade.
Um monte, uma construção feita pelo povo, um Calvário que pode ser visto de todas as distâncias. Assim é o amor. Visível, concreto, ao alcance de todos os olhares.
Maria Luisa: (personagem interpretada pela Joana Carneiro) Padre de Montfort, a miséria, a pobreza dos hóspedes deste hospício de Poitiers dilacera o meu coração. O abandono a que estão sujeitos rasga-me a alma.
Montfort: É natural que isso aconteça a uma jovem como tu, minha filha, que pertences à nobreza. Entre os muitos hábitos de bom tom, de elegância, (das maneiras chiques, como dizem) que os da tua classe cultivam, também está o mostrarem uma certa pena pelos pobres e marginalizados. Tais sentimentos, no entanto, soam a falso. (...) Vai, torna para o teu palácio.
Maria Luisa: Não me mande embora, padre. (...)Peço-lhe para me aceitar como serva dos mais pobres e abandonados.
Montfort: Este hospício (...)é um calvário. Aqui estarás com Cristo vivo, presente em cada homem e mulher que para aqui foi atirado.Os pobres são o próprio Jesus Cristo.
Maria Luísa: Mostrai-me, padre, o modo de o conseguir.
Montfort:Pela Sabedoria e com o auxílio de Maria.(...)Mostra a estes teus irmãos que Deus os ama.
PRESIDENTE: (Pe Rui)O calvário foi o monumento ao Amor que São Luís ergueu em Pont-Château. A cruz é o testemunho sensível do amor de Deus pelos homens.
E tu, qual é o monumento que ergues ao amor de Deus, à esperança, à vida?
Convido cada um, a aproximar-se do «Calvário» a retirar uma pedra, que quer ser o símbolo do monumento e fazer, silenciosamente, o propósito dum compromisso e assumir um gesto concreto de amor, alegria, esperança e fé.
Oremos
Deus, Pai Santo, que em São Luís Maria de Montfort nos destes um Apóstolo da Sabedoria eterna e encarnada, fazei que, com a sua intercessão, façamos do nosso coração o berço da Vossa Presença e da nossa vida um memorial ao Amor para testemunharmos com ardor missionário as vossas maravilhas e contribuirmos para a renovação do cristianismo nos cristãos. Isto Vos pedimos por Jesus vivente em Maria que, convosco vive e reina na unidade do Espírito Santo.
TEXTOS - PE RUI
FOTOS TIRADAS PELO PE LUÍS
CENÁRIO IDEALIZADO E MONTADO PELA Dª CECÍLIA E PELO PROF. SÉRGIO
sexta-feira, 10 de abril de 2009
Este percurso é constituído por 7 etapas, as quais, segundo Montfort, são fundamentais para se chegar à Santidade.
Foram estas etapas que os Jovens Monfortinos descobriram em cada espaço diferente do Centro Paroquial, divididos em 3 grupos, e, entre uma sala de cânticos e uma sala de meditação. Em cada uma receberam uma folha de modo a formarem a Cédula do Cristão. São estas etapas que resumimos aqui…
Vem connosco descobrir o PERCURSO DA ALMA!
1ª etapa – BAPTISMO
Baptismo, o primeiro sacramento da Nova Lei que Cristo confiou à Igreja quando disse aos apóstolos: “Ide, pois, fazei discípulos de todos os povos, baptizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo” (Mt. 28, 19).
Nesta etapa recordámos de forma simbólica o nosso baptismo procurando renovar a nossa renúncia ao mal e a nossa crença naquilo que nos leva pelo caminho do bem.
Afinal, o que te identifica como cristão?
2ª etapa – DESPREENDIMENTO DO RELATIVO
“É necessário renunciar efectivamente aos bens do mundo como fizeram os Apóstolos, os discípulos, os primeiros cristãos e os religiosos: este é o meio mais rápido, o melhor e mais seguro para se alcançar a Sabedoria; ou, pelo menos, dever-se-á desapegar o coração dos bens do mundo e possuí-los como se não se possuíssem (…) Não deveremos acreditar nem seguir as falsas máximas do mundo (…). «Deixa tudo», já que encontrando Jesus Cristo, a Sabedoria encarnada, «encontrarás tudo!»”
(São Luís Maria de Montfort, O Amor da Sabedoria Eterna)
Aqui cada JM foi convidado a deixar um objecto do qual se quisesse desligar… telemóveis, dinheiro, agendas, relógios… tantas são as coisas banais que nos prendem a atenção no nosso dia-a-dia e que não são mais do que meros objectos sem os quais em tempos já se viveu e que devemos fazer um esforço para não dar tanta importância.
É fácil distinguir o que na minha vida é essencial do que é acessório? Porque é tão difícil para mim renunciar? Tenho medo? Falta-me confiança?
3ª etapa – UNIÃO A JESUS POR MARIA
Quem quiser possuir Jesus deverá possuir Maria. (…) [Mas] que fazer, então, para tornarmos o nosso coração digno dela? Eis aqui o grande conselho, o segredo admirável: façamos entrar Maria em nossa casa, consagrando-nos a ela sem qualquer reserva, na qualidade de seus servos e escravos. Em suas mãos e em sua honra desapeguemo-nos de tudo o que nos é mais querido, nada reservando para nós. (…) Maria é sábia. Maria é caridosa. Maria é generosa. Maria é poderosa. Maria é fiel.
Confiemos, pois, todas as coisas à sua fidelidade (...). Assim, por mais cegos, francos e inconstantes que sejamos, (…) jamais nos enganaremos, jamais nos extraviaremos, e não viremos a ter a desventura de perder a graça de Deus e o tesouro infinito da Sabedoria eterna. (…)”
(S. Luís Maria de Montfort, O Amor da Sabedoria Eterna)
Aqui os JM’s tiveram um momento de oração a Maria e foi-lhes pedido que escrevem palavras soltas relacionadas com Maria.
“Maria é um caminho obrigatório a percorrer para se chegar à santidade, dai a grande vantagem dum íntimo relacionamento com Ela.”
(S. Luís Maria de Montfort, O Amor da Sabedoria Eterna)
4ª etapa – CONFORMIDADE
É importante sabermos que não só os cristãos fazem boas acções e tentam transformar o mundo num lugar melhor. Também pessoas de outras religiões o fazem à sua maneira. Exemplo disso é Gandhi, que tentou que a Índia tivesse uma luta pacífica pela independência; Aung San Suu Kyi, que foi para a prisão por ter tentado defender o seu país ao liderar um movimento de contestação ao regime militar; Dalai Lama, que apesar de deposto do seu cargo de líder politico do Tibete, continua a lutar por um mundo melhor sem violência, mas com diálogo; Shirin Ebadi, que tenta transformar o Irão num país que viva de acordo com os Direitos Humanos; Feng-Shan Ho que salvou mais de 2 mil vidas no Holocausto.
Nenhum deles é cristão, mas todos eles encetam levam a cabo acções de forma a ter fazer do mundo em que vivemos um mundo melhor.
"A beleza da vida está em lutar contra as situações dificeis"
Shirin Ebadi
E tu? O que te impede de seres conforme Deus?
5ª etapa – UNIÃO
«Eu sou a videira verdadeira e o meu Pai é o agricultor. Ele corta todo o ramo que não dá fruto em mim e poda o que dá fruto, para que dê mais fruto ainda. (...) Tal como o ramo não pode dar fruto por si mesmo, mas só permanecendo na videira, assim também acontecerá convosco, se não permanecerdes em mim. (...) Quem permanece em mim e Eu nele, esse dá muito fruto, pois, sem mim, nada podeis fazer. Se alguém não permanece em mim, é lançado fora, como um ramo, e seca. Esses são apanhados e lançados ao fogo, e ardem. Se permanecerdes em mim e as minhas palavras permanecerem em vós, pedi o que quiserdes, e assim vos acontecerá. Nisto se manifesta a glória do meu Pai: em que deis muito fruto e vos comporteis como meus discípulos.» (Jo 15, 1-8)
Nesta etapa procurou-se sublinhar o despreendimento total de nós mesmos para nos unirmos de forma radical a Cristo, para sermos os ramos da sua videira. Como São Paulo diz “Já não sou eu que vivo, mas é Cristo que vive em mim” (Gal 2, 20). E tal como a união a Cristo é importante para percorrermos este passo do caminho, também é essencial a nossa união uns aos outros por meio de Cristo, e no caso do nosso grupo, por meio de Montfort, pois é ele que nos dá o lema. Assim, cada JM recebeu uma fita que usou para unir as páginas da sua cédula, as páginas do seu caminho, como simbolismo de algo maior que nos une e é o “fio condutor” das nossas vidas.
“S. Luís Maria de Montfort, rogai por nós!”
6ª etapa – CONSAGRAÇÃO
Mais do que um acto superficial ou uma rotina regulamentada, é um sintonizar totalmente a vida em Cristo e por Cristo, seguindo o Evangelho e procurando a perfeição do amor.
Nesta etapa relembrámos o exemplo das irmãs do Carmelo que vivem consagradas a Cristo e o testemunho de algumas delas.
No Carmelo o tempo de silêncio é a sós com Deus é alternado com momentos de alegre convívio entre as irmãs. “De acordo com o ensinamento de S. Teresa o estilo de vida comunitária caracteriza-se pelo sentido de igualdade evangélica e pela franca sinceridade no trato; pela mútua partilha das alegrias e das tristezas dentro de uma pequena família onde “todas devem ser amigas, todas se hão-de amar, todas se hão-de querer, todas se hão-de ajudar”.
O Recreio favorece a vida fraterna, ajuda a crescer em grupo e a equilibrar o clima de silêncio.
Hoje em dia fala-se em dedicar a vida ao desporto, à família, à profissão, etc., o que pressupõe uma entrega, um compromisso, um testemunho de vida. E a dedicação a Deus? Como o enquadras na tua vida?
7ª etapa – CRISTO E MARIA EM MIM / EU EM CRISTO POR MARIA
"Toda a nossa perfeição, escreve São Luís Maria Grignion de Montfort, consiste em ser conformes, unidos e consagrados a Jesus Cristo. Por isso, a mais perfeita de todas as devoções é incontestavelmente a que nos conforma, une e consagra mais perfeitamente a Jesus Cristo. Mas, sendo Maria a criatura mais conforme a Jesus Cristo, tem-se como resultado que, entre todas as devoções, a que consagra e conforma mais uma alma a nosso Senhor é a devoção a Maria, sua Mãe santa, e que quanto mais uma alma estiver consagrada a Maria, tanto mais estará consagrada a Jesus Cristo". Dirigindo-se a Jesus, São Luís Maria exprime como é maravilhosa a união entre o Filho e a Mãe: "Ela é de tal forma transformada em ti pela graça, que não vive mais, não existe mais: és unicamente Tu, meu Jesus, que vives e reinas nela... Ah! se conhecêssemos a glória e o amor que tu recebes nesta maravilhosa criatura... Ela está tão intimamente unida... De facto, ela ama-te mais ardentemente e glorifica-te mais perfeitamente do que todas as outras criaturas juntas".
O que significa para mim “Por Maria até Jesus”?
Ó Jesus, que viveis em Maria,
Meta – A SANTIDADE
Esta foi a nossa última etapa, o que não significa que seja o fim do caminho. Por vezes, é necessário voltar a percorrê-lo várias vezes para se poder atingir verdadeiramente a santidade. Por isso, cada JM recebeu algumas sementes representando o final do ciclo percorrido e o iniciar de outro, que farão ao longo das suas vidas, tendo sempre Montfort como guia e Maria como meio para chegar a Cristo.
Vai em frente, não desistas... O percurso não acaba aqui; com Maria, podes recomeçar...
Grupo Confiança: Paula André, Joana Ferreira, Nuno Cunha, Ana Roque, Mafalda Luís, Rui Barata, Daniela Melo, Beatriz Mira, Catarina Mira, Mariana Mira e Iolanda Rodrigues