quarta-feira, 29 de julho de 2009

O Silêncio em Tempo de Férias...

Quando as pessoas pensam nas férias, normalmente organizam-se com inúmeros programas que permitem tudo, menos descansar de verdade. São dias cheios de ruído: ou pelo protagonismo que alguém quer assumir, fazendo-se notar; ou pela dinâmica do grupo em que se está inserido, aliás o mesmo grupo do ano inteiro, apenas com transferência de lugar; ou pela agitação que cada um se propõe, simplesmente porque não quer pensar em tudo o que é obrigado a fazer na sua vida habitual. Então as férias estão cheias de ruído:

·Não se pára, andando-se de forma constante de um lugar para o outro, à procura de emoções fortes ou, simplesmente, de experiências diferentes;

·Tem de estar-se “fulgurante” nas festas de Verão, caso contrário, todos reparavam na ausência e viriam a interrogar-se porquê, contando histórias sempre embaraçosas;

·A casa de família tem de ficar apinhada de gente, porque aberta aos amigos e conhecidos, dos filhos e dos netos e, ainda, de alguma figura mais notável do grupo social;

·Depois, a importância da noite, com a ida às discotecas mais “in”, com o DJ mais na moda ou, então, com a “banda” que tem as músicas do momento;

·São programas sobre programas, com almoços e jantares, com “bridge” ou “canasta”, com as últimas histórias, os casos mais “picantes”, as situações surpreendentes que todos contam, não deixando de dizer que é confidencial.

·Com as crianças na praia e os jovens no clube, uns e outros entregues a alguns profissionais contratados para o efeito, os mais velhos vão descansando com programas “cansativos” que contradizem as férias procuradas.

Sendo assim, as férias de Verão, longe de ser tempo para recuperar forças, é tempo de frenesim que, a certa altura, os mais responsáveis pedem terminem depressa.


É urgente aproveitar os silêncios, criar espaços sem barulhos, onde se possam ouvir as vozes da natureza, sentir as muitas recordações, deixar falar o coração. É que, no silêncio, escutam-se melhor os inúmeros sons que inundam as vidas e dão sentido a todas as coisas. Há então momentos em que o silêncio fala mais alto e vale a pena experimentar:

·Levantar cedo pela manhã e subir a uma colina para ver nascer o sol; a pouco e pouco o sol vai conquistando a terra, dando-lhe o seu calor, e até a nossa vida fica mais acolhedora.

·Dar um passeio à beira-mar e ver as ondas quebrarem-se sobre a praia; cada espuma faz um desenho diferente na areia, com outras mensagens, segredando sonhos que podem sempre construir-se.

·Pela tarde ir até à floresta, caminhar entre as árvores, sentir a brisa fresca a beijar o rosto, e “conversar” com as aves que esvoaçam, com os animais dos campos que cruzam os caminhos ou, simplesmente, com a natureza que tem sempre alguma coisa para contar.

·E porque não entrar numa igrejinha de aldeia e dar-se conta da história que ela conta? No retábulo por detrás do altar-mor, nas estátuas dos santos, nos azulejos das paredes ou na pintura dos tectos, tudo fala da fé de um povo que um dia construiu aquele templo simples.

·Aproveitar ainda para pôr em dia alguma leitura, um livro de poemas, um romance mais conhecido, uma edição anotada de um autor mais próximo, leituras diferentes de quando se estuda e trabalha ao longo do ano.

Redescobrir o silêncio, ocupar o silêncio, transformar em vida o silêncio, são desejos maravilhosos em tempo de férias. Dirão que são as férias dos monges contemplativos, mas ai de cada um se não descobrir na sua vida a importância da contemplação, o valor do silêncio


O silêncio é também tempo de encontro com Deus. Três exemplos, o primeiro do Antigo Testamento, o segundo do Novo Testamento e o terceiro de uma experiência pessoal.

·Moisés mandou construir uma tenda fora do acampamento para ali se encontrar a sós com Deus. Era a Tenda do Encontro e nela, Moisés falava com Deus como um amigo fala a seu amigo (cf. Ex 33, 7-11).

·Jesus pediu aos apóstolos para orarem, fechando a porta do seu quarto e ali, a sós com Deus, falarem com Ele, como os homens falam com os outros homens, sem muitas palavras, mas na maior comunhão de amor (cf. Mt 6, 5-11).

(...)

O silêncio com Deus abre os corações, aproxima as pessoas, convida à fidelidade, reclama testemunhos e desafia a ser cristão activo e responsável no nosso mundo.

Cada um vai ter as suas férias. Haverá nelas tempo de silêncio? Ninguém o pede, é cada um que tem de o descobrir.


(Monsenhor Vítor Feytor Pinto)

Boas descanso para todos (não escrevo aqui férias porque sei que alguns ainda estarão a trabalhar!)e que, de facto, este seja um tempo de silêncio, reflexão e encontro com Deus.

Beatriz

sábado, 4 de julho de 2009

APRESENTAÇÃO NOVO ÁLBUM

A dupla formada pelos primos Maria Durão e Luís Roquette, nasceu, mesmo sem nome, em 2000. Naturais do Estoril, deram os primeiros passos na música com o objectivo de ajudar na animação musical da Eucaristia.





Porque no dedilhar da guitarra se tornava mais fácil rezar, aos poucos, as composições foram surgindo e partilhadas no site www.santidade.net. A vontade de contribuir por um mundo melhor, conduziu-os a estúdio. Em 2003, com o apoio do músico Tozé Brito, e da Editora Universal, gravam o CD “Entrega”. Neste trabalho, para além de cantarem o Amor d’Aquele que os movia, contribuíam na construção de uma casa de acolhimento para crianças.



Só nesta altura surgiu a necessidade de terem um nome. Por valorizarem a simplicidade, encontraram em SIMPLUS a sua melhor definição. Além disso, curiosamente, a palavra unia as iniciais dos seus nomes, colocando no centro o P de Pai.

O tema “Onde Deus te levar” torna-se um hit.
http://www.youtube.com/watch?v=zvKI50YgOnY

Entre Lisboa e Porto, realizam cerca de 10 concertos, dos quais se destaca a sua participação no Rock in Rio, na tenda “Por um mundo melhor”.

Em 2007, decidem voltar a gravar. Com temas originais suficientes e tendo mais clara a sua vocação para evangelizar através da música, nasce o cd “Quero-Te mais”, editado pelas Edições Salesianas. Com uma sonoridade pop-folk, "Quero-Te mais" canta o diálogo quotidiano e constante com Deus, presente no que de mais simples fazemos no dia-a-dia. É a guitarra que suporta a grande envolvência e cumplicidade das vozes de Maria Durão e Luís Roquette.



O mérito e qualidade da música dos Simplus foi recentemente reconhecida pela NBP que seleccionou o tema "Falsa Liberdade" para banda sonora da novela "A outra." Hoje 4 de Julho de 2009 esta jovem banda lança o seu 3º álbum "No Silêncio". A apresentação é no Jardim do Museu do Centro Cultural de Belém e começa às 21h30.



BOA SORTE PARA OS SIMPLUS!