A Sua Presença é uma Presença de Amor e de Graça. De um amor abrasador, que preenche, colmata, e gera paz e felicidade.
Blain: (personagem interpretada pelo Hélio) Grignion de Montfort quais são os teus planos para o futuro ? Por acaso pensas que alguém está disposto a seguir os teus passos, a ter uma vida como a tua?
Montfort: (personagem interpretada pelo Luís Gonçalves)Tens alguma coisa a dizer sobre o estilo da vida de Jesus? Consegues encontrar aqui, neste livro que testemunha a Vida de Jesus e dos Apóstolos, alguma coisa que eu não viva e não pratique? Na pobreza, no abandono à Divina Providência, na mortificação em que vivo, eu apenas quero ser um indigno imitador de Jesus Cristo e dos Apóstolos pobres.
Blain: Falas de Jesus Cristo, mas sabes, como ninguém, que os tempos não estão fáceis para a fé.
Montfort: Não te esqueças que a maneira de O procurar não é igual para todos. Cada um tem o seu caminho para ir até Deus.
Blain: Mas como ensinar às pessoas, hoje, onde está Deus e como encontrá-Lo?
Montfort: Vou revelar-te um segredo, quase é uma confissão. Deus favoreceu-me, a mim, pobre e humilde pecador, com uma graça muito particular que é a presença contínua de Jesus e Maria no íntimo da minha alma. Sinto-Os presentes em mim. Não há nenhum instante, nem nenhum lugar em que eu não participe da intensa comunhão com Jesus e Maria.
Por inspiração de Deus e ardor no coração, São Luís de Montfort tem uma visão. No horizonte da sua contemplação, surge um monte, a erguer-se na planície. Recorda o Monte do Calvário, nos arredores de Jerusalém, onde Jesus celebrou com a dádiva da própria vida a aliança amorosa com a humanidade.
Um monte, uma construção feita pelo povo, um Calvário que pode ser visto de todas as distâncias. Assim é o amor. Visível, concreto, ao alcance de todos os olhares.
Maria Luisa: (personagem interpretada pela Joana Carneiro) Padre de Montfort, a miséria, a pobreza dos hóspedes deste hospício de Poitiers dilacera o meu coração. O abandono a que estão sujeitos rasga-me a alma.
Montfort: É natural que isso aconteça a uma jovem como tu, minha filha, que pertences à nobreza. Entre os muitos hábitos de bom tom, de elegância, (das maneiras chiques, como dizem) que os da tua classe cultivam, também está o mostrarem uma certa pena pelos pobres e marginalizados. Tais sentimentos, no entanto, soam a falso. (...) Vai, torna para o teu palácio.
Maria Luisa: Não me mande embora, padre. (...)Peço-lhe para me aceitar como serva dos mais pobres e abandonados.
Montfort: Este hospício (...)é um calvário. Aqui estarás com Cristo vivo, presente em cada homem e mulher que para aqui foi atirado.Os pobres são o próprio Jesus Cristo.
Maria Luísa: Mostrai-me, padre, o modo de o conseguir.
Montfort:Pela Sabedoria e com o auxílio de Maria.(...)Mostra a estes teus irmãos que Deus os ama.
PRESIDENTE: (Pe Rui)O calvário foi o monumento ao Amor que São Luís ergueu em Pont-Château. A cruz é o testemunho sensível do amor de Deus pelos homens.
E tu, qual é o monumento que ergues ao amor de Deus, à esperança, à vida?
Convido cada um, a aproximar-se do «Calvário» a retirar uma pedra, que quer ser o símbolo do monumento e fazer, silenciosamente, o propósito dum compromisso e assumir um gesto concreto de amor, alegria, esperança e fé.
Oremos
Deus, Pai Santo, que em São Luís Maria de Montfort nos destes um Apóstolo da Sabedoria eterna e encarnada, fazei que, com a sua intercessão, façamos do nosso coração o berço da Vossa Presença e da nossa vida um memorial ao Amor para testemunharmos com ardor missionário as vossas maravilhas e contribuirmos para a renovação do cristianismo nos cristãos. Isto Vos pedimos por Jesus vivente em Maria que, convosco vive e reina na unidade do Espírito Santo.
TEXTOS - PE RUI
FOTOS TIRADAS PELO PE LUÍS
CENÁRIO IDEALIZADO E MONTADO PELA Dª CECÍLIA E PELO PROF. SÉRGIO